NOCHE DE PÁLIDA LUNA

Esta noche de pálida luna

he soñado con un sueño olvidado…

¡si he fantaseado!

con aquel primer beso

en los soportales de la Plaza Mayor

robado a tu sombra inquieta

y perturbada por mi demente sombra

que en un alarde de atrevimiento

sus labios en los tuyos poso…,

lo que aconteció después

solo tú y yo conocemos…

que en la memoria del tiempo se quedo

que recuerdos trae

en las noches de pálida luna.

 

Allá donde la memoria pierde su sombra,

en la misteriosa espesura del olvido

donde habitan las sombras

y las gaviotas con su vuelo no llegan,

esta noche de pálida luna

he soñado que nos encontrábamos

para admirar nuestros rostros

gastados por el tiempo

y disfrutar

de nuestro decrepito amor.

 

Largos años han pasado

que en sus días

hemos escrito nuestra historia,

que en sus noches

amarguras y alegrías han dejado,

nuestro destino

ha vagado entre sombras agitadas

intentando en vano

evocar aquel primer beso

que tanto nos dejo…

 

Sobre nuestro labios

una legión de besos

su campo quisieron

conquistar,

con agasajo y fiesta,

mas solo consiguieron

derrota,

y en el río del olvido

sus cadáveres flotan

después de coronar

la ternura fugaz

de los mortales.

 

En la narcosis de la pálida luna

balbuceamos nuestros nombres

y el deseo de antaño

surgió frío y finado,

ajada la pasión,

el frenesí moribundo,

la mirada sin fulgor,

los labios descoloridos,

lívido el rostro…

aun así, abatidos

nos acercamos uno al otro

como dos sombras aturulladas

y solo nos atrevimos

a pedir perdón por la equivocación

de volvernos a ver

con la certeza de que todo;

el amor, el tiempo y nosotros mismos

habían cambiado para siempre.

 

¡Hay amor… amor!

Mientras sigamos siendo

dueños de nuestra vida

no acumulemos

recuerdos de amores pasados

que florecieron en primavera

y en otoño

sus pétalos volaron en el viento,

huye de su aroma

para que en tu peregrinar por la vida

vayas erguido olfateando

el aroma de otras flores,

pues más pronto que tarde

te ahogaras en el amargo polvo

de la muerte.

 

Pippo Bunorrotri.

 

 

https://youtu.be/bckFA_Xf3X4

5 Comments
  • Corintiano Voador
    Posted at 02:25h, 30 noviembre

    Um aviso: tiver vontade de ver o teu poema em português. Espero que não se importe. Tomei liberdades, forcei a métrica, O senhor me perdoe. Abraço.

    Nesta noite de lua pálida sonhei de um sonho esquecido…

    um que eu já fantasiara
    como aquele primeiro beijo nas arcadas da Plaza Mayor
    perturbada por minha sombra demente

    onde em um arroubo de atrevimento nos teus lábios coloquei os meus

    o que depois aconteceu só sabemos eu e você
    o que na memória do tempo ficou
    e que lembranças trazem

    nas noites de lua pálida
    Lá, onde perde sua sombra a memória
    lá, na misteriosa floresta do esquecimento
    onde habitam sombras
    e não chega o voo das gaivotas

    Nesta noite de lua pálida
    sonhei que nos encontrávamos para admirar nossas faces
    gastas pelo tempo
    e desfrutar
    de nosso amor decrépito.

    Se passaram muitos anos desde que naqueles dias
    em que escrevemos nossa história
    desde que em tuas noites
    amarguras e alegrias nos deixaram
    o destino meu e o teu

    vagou por entre sombras agitadas
    em vão tentando lembrar daquele primeiro beijo
    que nos deu tanto

    Sobre nossos lábios uma legião de beijos
    teu campo quiseram conquistar, com festa e aconchego
    mas só derrota conseguiram
    e na torrente do esquecimento
    depois de coroados, flutuam seus cadáveres

    a fugaz ternura dos mortais
    Na narcose da lua pálida
    balbuciamos uns quantos nomes

    o desejo de outrora surgiu frio e acabado
    ainda a paixão
    o frenesi moribundo
    o olhar sem brilho
    os lábios sem cor

    lívido o rosto…e mesmo assim abatidos
    nos acercamos um do outro
    como duas sombras atordoadas

    e pelo que erramos só nos atrevemos a pedir perdão
    de mais uma vez nos vermos
    com aquela certeza de tudo, do amor, do tempo
    e nós mesmos
    Teremos mudado por todo o sempre

    Existe o amor…Amor!
    ainda que sigamos sendo
    donos de nossas vidas

    donos de recordações de amores passados, que floresceram na primavera e no outono
    bom é não acumular
    recordações de amores passados
    que em uma primavera floresceram
    e no outono

    suas pétalas voaram ao vento
    foge deste perfume
    para que em teu peregrinar pela vida

    tu sigas, atenta, cheirando
    o aroma de outras flores
    pois que mais cedo ou mais tarde
    te afogarás no amargo pó
    da morte

    • admin
      Posted at 00:08h, 01 diciembre

      Obrigado, obrigado, pela sua iniciativa de traduzi-lo para o português, estou satisfeito que você tem feito, desde que o português é uma língua que eu tenho apreço e carinho, como que, por razões profissionais, viveu vários anos em Lisboa e Porto e eu vagar o país que eu acho muito interessante e maravilhoso. Eu entendo o português e falar isso, mas não me atrevo a escrever em é a linguagem de respeito ou medo. Foi magnífica a composição do poema, se não se importa eu gostaria que você publicases em seu blog ou em sua rede. Obrigado pelo novo amigo significativo do silêncio das palavras. Uma calorosa saudação.
      Perdón por mi incorrecto portugués escrito que seguro que estara lleno de erratas.

    • admin
      Posted at 10:22h, 03 diciembre

      Gracias